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NA TRILHA DO SUCESSO


Se conseguirmos aplicar alguns destes tópicos na nossa vida já é um grande passo.

A cada ano as mulheres ganham mais espaço no mercado de trabalho. Estão presentes nas mais diversas áreas, da indústria da moda ao setor automobilístico, e já ocupam mais de 30% dos cargos executivos no País. No reduto machista da engenharia, a participação feminina passou de 11%, em 1990, para 14% em 2002, segundo pesquisa da Fundação Carlos Chagas, que revelou também que entre os médicos, 40% eram mulheres em 2002, contra 31% em 1990. Na magistratura a ascensão foi ainda maior: saltou de 19% para 30% o contingente de juízas no Brasil no período analisado. Há setores antes predominantemente masculinos que mudaram de lado, como a arquitetura, em que as mulheres já são maioria, com 55% de participação.
Hoje as possibilidades de escolha de profissão para as mulheres são inúmeras, se comparadas com as gerações anteriores. Essa realidade trouxe, contudo, novos desafios. A mulher teve de entender os códigos masculinos que imperavam e ainda imperam em muitas áreas, superar a intimidação de determinados ambientes de trabalho e se impor, isso tudo sem abrir mão da feminilidade e da espontaneidade. Apesar de confi antes no seu talento e competência, muitas mulheres ainda têm dúvidas sobre como conduzir a carreira conciliando sucesso profissional e crescimento pessoal.
Para ajudar esse público, consultamos especialistas em recursos humanos que nos presentearam com dicas valiosas para vencer os desafios pessoais e conquistar o almejado sucesso profissional.

Escolha a profissão a partir da missão de vida
Crescer na carreira depende de dedicação e comprometimento e isso só é possível se a escolha da profi ssão for por algo que realmente tenha sentido, que se goste muito. “O dinheiro é consequência de uma escolha consciente de como se quer contribuir para a humanidade”, afirma Fátima Motta, sócia-diretora da F&M Consultores.

Crie uma imagem de credibilidade
“O que nós vendemos uns aos outros a todo instante é a nossa credibilidade profi ssional”, afi rma Silvio Celestino, especialista em coaching e sócio-fundador da Enlevo Treinamento para Líderes. “Preferencialmente, escolha uma imagem do cargo um nível acima do seu, pois é para lá que você deseja ir.”

Mire-se no exemplo de executivas bem-sucedidas
“Procure espelhar-se nos melhores exemplos e práticas de executivas de sucesso”, diz Kátia Martins Valente, sócia diretora da K2Marketing e Comunicação. Assim, você aprende com quem chegou lá.

Abra espaço para cultivar bons relacionamentos
Pesquisas mostram que as atitudes somadas às habilidades correspondem a 85% do sucesso profissional e que apenas 15% refere-se ao conhecimento técnico. “Construir relacionamentos duradouros e verdadeiros é um facilitador para que a carreira se viabilize com mais fluidez”, diz Fátima Motta. “Você não precisa se tornar a melhor amiga de todos os colegas de trabalho, apenas leve em consideração as possíveis consequências do que você fala e faz no seu dia a dia”, acrescenta Rosana Rodrigues, especialista em team coaching e consultora da Crescimentum. “É preciso saber ocupar os espaços que se abrem”, revela Marcos Wunderlich, consultor e formador de coaches do Instituto Holos de Qualidade. Na prática, isso se faz aceitando convites para reuniões, estudos ou festas, bem como fazendo convites. “Lembre-se de que ao final de sua carreira profissional nenhum fracasso é maior do que ser bem-sucedida mas infeliz”, complementa Silvio Celestino.

Tenha postura vencedora
“Para ter sucesso em qualquer carreira é importante cultivar uma postura vencedora, isto é, acreditar que qualquer um de nós pode fazer a diferença no mundo”, afirma o professor Renato Klein, diretor científi co do Instituto Holos de Qualidade. Como se faz isso? Abrindo-se para novas alternativas, tendo coragem de arriscar e trazendo para si a responsabilidade.

Mantenha-se sempre atualizada
A dinâmica empresarial é muito veloz e para acompanhá-la e se antecipar às mudanças é preciso estar sempre bem-informada. Aprenda a falar Nada pode impulsionar mais rapidamente a carreira do que saber falar em público ou apropriadamente em uma reunião. “O ideal é fazer um curso de expressão verbal ou de oratória”, ensina Silvio Celestino. “Caso não possa fazer o curso, grave-se falando. Observe se fala muito rápido ou muito devagar, se concatena apropriadamente as ideias, se pronuncia corretamente as palavras ou se possui problemas de dicção. Corrija o que for preciso”, completa.

Tenha domínio emocional
A mulher possui maior frequência e profundidade emocional que o homem, afirma Silvio Celestino. Sendo assim, deve buscar o autoconhecimento e aprender a lidar com as armadilhas do mundo executivo para que suas emoções não afetem seu comportamento e a clareza das ideias.

Aprenda uma língua estrangeira
O inglês continua a ser o idioma mais relevante no mundo dos negócios. Aprenda a língua antes de qualquer outra, enfatiza Silvio Celestino. A menos que a empresa onde trabalha ou pretende trabalhar exija outro idioma primeiro. Rosana Rodrigues lembra que uma forte razão para que as pessoas não se tornem fluentes em uma língua estrangeira é o fato de não gostarem dela e encararem tal investimento como uma obrigação. “Muitas pessoas são ‘pós-graduadas’ no nível básico de cursos de língua estrangeira. Isso não adianta. Faça uma reavaliação de sua carreira e veja o quanto esse aprendizado lhe será útil. Assim, a profissional passará a encarar esse estudo como a chave que lhe abrirá portas para atingir seu propósito.”

Faça intercâmbio no momento certo
Observe as características culturais de outros países e o quanto você estaria disposta a fazer sua carreira fora do país. A decisão tem que ser tomada logo. “Sou a favor de três tipos de intercâmbio”, diz Kátia Valente. “O primeiro realizado no segundo ano do Ensino Médio, para aprender uma língua estrangeira, depois, a partir do segundo ano da faculdade, para conhecer melhor sua área.
Por último, acredito que o profi ssional pode optar por realizar uma pós-graduação no exterior, para se aprofundar melhor na carreira escolhida, buscando novos ares”.

Pós-graduação
No mundo competitivo em que vivemos é importante que o profissional mantenha-se atualizado ao longo do tempo. “Recomendo fazer pós-graduação até os 30 anos”, sugere Silvio Celestino. “Se você aprecia o meio acadêmico, faça o mestrado e o doutorado, eles são muito relevantes principalmente se fizer carreira internacional ou em órgãos públicos no Brasil ou no exterior, como ONU (Organização das Nações Unidas) ou BIRD (Banco Mundial).” Já a consultora Kátia Valente acredita que a melhor idade para se realizar um curso de pós-graduação é a partir dos 30 anos. “Antes disso as mulheres devem optar por cursos de curta duração e procurar agregar conhecimento por meio da prática profissional”, diz Kátia. Rosana Rodrigues não acredita que haja um momento ideal para fazer pós-graduação, mas observa que o curso será mais útil se a profissional der um tempo após o término da graduação para iniciá-lo. “Assim ela terá uma visão mais abrangente da sua área e de onde quer aprofundar seus estudos”.

Faça um período sabático ao redor dos 35 anos
É um tempo de descanso, mas um repouso especial em que você vai rever seus horizontes. “Essa idade é um excelente momento para você observar se deseja permanecer na carreira em que está ou fazer algum ajuste de rota para ser mais feliz em uma atividade diferente”, afirma Silvio Celestino.

Ao chegar aos 40 anos seja capaz de desenvolver pessoas
“O que se espera de uma profissional que chega aos 40 anos é que seja capaz de desenvolver outras pessoas, seja como líder ou como consultora”, afirma Silvio Celestino. “Faça programas que aprimorem sua habilidade de lidar com pessoas e que ajudem a desenvolvê-las”, sugere o consultor. Uma formação em liderança ou em coaching pode ser de grande valor ao atingir essa idade.

Crie e mantenha network relevante
Para que a carreira progrida continuamente é importante que você seja lembrada a cada oportunidade. Sendo assim, você deve manter sua rede de relacionamentos atualizada. Crie uma rede com pessoas em cargos mais elevados que o seu, pois são elas que geram maiores oportunidades para sua carreira.

Faça um curso de self-coaching
O self-coaching é a arte de praticar coaching consigo mesmo. Isto significa maior poder de clareza, auto-orientação e prontidão na tomada de decisões. São requisitos básicos para a excelência profissional.

Busque qualidade de vida
“Vivemos em um mundo onde a saturação de tarefas tem feito as pessoas se esquecerem que não são ‘fazedores humanos’ mas sim ‘seres humanos’”, pondera Silvio Celestino. Para isso, segundo ele, é importante esforçarse para encontrar um tempo para outras áreas da vida que não apenas a profi ssional. Bem-estar físico e mental, relacionamentos, família, lazer, maturidade espiritual, entre outros, são fundamentais.

Cultive a flexibilidade mental
A flexibilidade da mente vem da capacidade de ver que tudo muda o tempo todo, e que é impossível manter algo indefinidamente. Assim, segundo Marcos Wunderlich, há aceitação natural das mudanças e maior facilidade em criar novos ciclos, sejam na vida pessoal ou profissional.

Pratique a espiritualidade
“Pessoas que se abrem para os aspectos mais profundos da vida encontram a paz e a alegria dentro de si mesmas”, diz Marcos Wunderlich. Pessoas mais espiritualizadas compreendem melhor a vida e lidam com as adversidades de uma forma mais assertiva.

Não fale mal da empresa
Nenhuma conduta é mais destruidora para a reputação do que falar mal da empresa em que se trabalha. Não vivemos mais na era da escravidão, as pessoas são livres para escolher onde trabalhar. Se o objetivo é crescer na carreira, é preciso respeitar o direcionamento da empresa e saber agir proativamente.

Cuidado com a fofoca
“Sempre digo para todas as profissionais em minhas palestras: o que realmente mata as mulheres são as fofocas e a mania de fazer comentários inconvenientes”, observa Kátia Valente. “Uma boa profissional não pode ficar nos corredores falando mal das pessoas. A mulher que é boa profissional é segura, sabe ter empatia e não precisa de fofoca para subir no cargo.”

Vista-se adequadamente
A moda feminina oferece uma enorme variedade de estilos: formal, casual, sensual. Avalie qual é a mensagem que você quer transmitir a seu respeito e de que forma conquistará a credibilidade de seus clientes internos e externos. Se for trabalhar em uma loja voltada para moda jovem, jeans rasgado e um monte de acessórios não parecerá estranho. Mas se for atuar como executiva de uma multinacional invista em modelos discretos. Em geral, tailleur, blazer e calça ou blazer e saia, usados com cores que combinem, não têm erro.
A maquiagem deve ser leve, com cabelos e unhas bem-cuidados. Blusas de alcinhas, saias muito curtas ou unhas e cabelos por fazer pegam mal. O fato de ser discreto, porém, não significa que você deva ter uma imagem apagada. Silvio Celestino aconselha a executiva a procurar, pelo menos uma vez, um personal stylist para que lhe auxilie a conhecer as melhores cores e padronagens para seu tom de pele e as peças apropriadas para seu guarda-roupa.

Mude de emprego
Tudo depende do momento de cada profissional. O importante é observar se o novo local de trabalho vai lhe permitir agregar novos desafios, experiências, incrementar seus conhecimentos e, é claro, o nível salarial. “Só crescemos quando temos obstáculos, sonhamos e acreditamos em nós mesmos”, diz Kátia Valente. Para Rosana Rodrigues, uma profissional que queira assumir o controle da carreira precisará estar o tempo todo alerta para avaliar quando mudar de área e, se necessário, trocar de emprego. “Em um cenário onde as organizações tendem a ser cada vez menos paternalistas, ela não deve esperar que outras pessoas definam o seu futuro”, diz Rosana.

Tenha cuidado ao empreender
Lembre-se que o salário é a forma mais rápida de se conseguir dinheiro. Quando for empresária, deverá estar preparada para aguentar um período de tempo incerto sem receber recursos financeiros. Portanto, planeje e saiba criar um plano de saída do negócio. O problema não é arriscar, mas arriscar tudo. Vale lembrar que nem todo mundo nasceu para ser empreendedor, mas pode empreender dentro da empresa em que trabalha, sendo criativo, inovador e apresentando novas ideias que possam contribuir para o resultado. “Cada vez mais, as executivas partem para o seu próprio negócio. Minha única dica é partir de um plano de negócio que estime claramente a viabilidade do empreendimento, evitando atuar de forma apenas intuitiva”, avalia Kátia Valente.

Por Marcelo de Valécio
Fonte: Revista Bárbara, ed. 8


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