Para mim, até dói o ouvido chamar um Administrador graduado em Marketing de "marketeiro". E isso, por incrível que pareça, é no mínimo, um debate polêmico.
Autores renomados como o grande Philip Kotler, utilizam o termo "marketer". Sua obra Marketing de A a Z, é um exemplo, onde ele constantemente faz referências ao "marketer". Mas, infelizmente em português, ao adicionar o sufixo "eiro", chegamos ao infame termo "marketeiro".
Pois é, inevitavelmente, alguns termos contendo o sufixo "eiro" ganharam um neologismo vulgar. E no Brasil, o "marketeiro" é utilizado para designar especificamente pessoas que fazem marketing político ou algum tipo de "marketing desonesto", como o marketing de rede, mais uma das milhares roupagens dadas à tradicional pirâmide.
Aí me vem a pergunta: Então de que adianta cursar 4/5 anos de faculdade?
Afinal, qualquer um pode ser "marketeiro". Vide os sobrinhos e os indivíduos que acham que qualquer um pode fazer o "marketing" de uma empresa/serviço. Se for digital então, a coisa fica pior. Hoje, qualquer um se acha "expert" em redes sociais.
Profissional de Marketing é Mercadólogo, o termo deriva do substantivo mercado, campo de atuação dos profissionais em Marketing. É um neologismo rico, que une o objeto de estudo e o sufixo "logo". Segundo o dicionário Houaiss, "logo" deriva do grego "lógos", que significa especialista, aquele que estuda, conhece. Alguns exemplos? Sociólogos, paleontólogos, antropólogos, psicólogos, enfim.
Aqueles que reconhecem "marketeiro" como sinônimo de profissão, são aqueles que tem sempre a famosa frase na ponta da língua: "isso aí é puro marketing!" e vendem ideologismos baratos, fáceis e superficiais. Pessoas que navegam nos modismos e adoram os livrinhos de auto-ajuda-em-marketing.
Definitivamente, eu não sou "marketeira", sou sim, Mercadóloga. E com "M" maiúsculo, sempre.
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